Pela manhã o show de macaquitos comendo bananas ,pulando de galho em galho,animou os turistas que se serviam do café da manhã no quiosque de palha.O aroma de bolo quente recém tirado do forno.O café forte coado na hora.A conversa neste dia bem brasileira corria solta com o testemunho do depaupério das estradas,a alteração dos preços das passagens aéreas sempre a mais,a sanha dos gananciosos explorando além das medidas o turismo local,o loteamento das praias como se fosse Europa,paga-se para sentar.Enfim paga-se muito caro para veranear em Trancoso.E vale a pena,tudo é desfrute neste maravilhoso lugar.
Vanessa e seu quadriciclo,pronta para me conduzir a praia.A garrafada de alméscar que ela preparou para mim é remédio para todas as espécies de dores ósseas e musculares.Tomo um copo alto com goles fartos.
Este jardim tão familiar,rico em espécies nativas,sonoro no canto do bambuzal,tãobem cuidado pelo João,sempre atento a saúde da vegetação,amoroso e vigilante.Terreno cultivado passo a passo, trabalho de algumas décadas.Trilha de pedriscos.Fogueira de folhas secas.Chão rastelado diáriamente.
À distância de minha vida urbana tudo aqui pode parecer o paraíso.E com o olhar vibrando nesta fortuna verde nestes coqueiros abertos em cabeleira,nas corolas lilázes pontilhando a cerca viva
percebo ao longe o horizonte mesquinho das civilizações.A fragilidade humana em luta pela sobrevivência,cada um por si,lutadores resignados gastos em esperança por um meio menos opressor de manter o equilibrio financeiro.
Pães quentinhos,geléia de jabuticaba da fazenda de Minas,manteiga fresca,variedade de frutas tropicais,sucos naturais,mingau de tapioca,deliciosos quitutes,um agrado para o começo do dia.
Vamos até o mar,na poltrona do quadriciclo sou a própria paisagem em movimento .
O declive acentuado da ladeira,a ponte sobre o Rio Trancoso.A estrada de terra arenosa margeada por árvores frondosas,mato alto,poças d'água que se encolhem ao sol.
Escrevo um movimento interior,a história de um estado de alma,a calma segurança que me leva
aos grãozinhos palpáveis de areia áspera e limpa da praia dos Nativos.Passarinhos me acompanham,Passo pela casa de Elba e sigo adiante.
O mar em movimento para cima e para baixo.A canga estendida na cama de areia.As ondas arrebentam a poucos metros dos meus pés.
Só ,deixo cair a parte superior do biquini resolvida a apagar as marcas das alças e dos bojos,expor ao sol o máximo de corpo.Completamente entregue a troca de cores azuis.Infinitas cores da distância das águas.Prata reluzente.Cabelos ao vento.Livre!
Aqui só tem paz!
Aqui encontro disposição e energia.
Um comentário:
Querida Christina é sempre um grande prazer visitá-lo, untimamente desculpe se eu não estava presente, mas ambos funcionam as férias tenho privou o desejo de ler as suas palavras preciosas.
Para você meu carinho sincero
Maurício
Postar um comentário